Sem o Batismo de Jesus por João, o Sangue de Jesus derramado na Cruz teria sido em vão.

Introdução:

Não são poucos os que se levantam contra a nossa pregação, que demonstra a importância do batismo de Jesus por João para a nossa salvação e vida eterna.

Eles berram ou escrevem com letras maiúsculas que a salvação é somente através do Sangue de Jesus derramado na Cruz, e nos acusam de heréticos, quando, na verdade, são eles os que estão corrompendo a Santa e Pura Palavra de Deus Escrita na Bíblia.

A alegação deles se baseia nos seguintes versículos:

Leitura:

²² Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão. (Hebreus 9:22).

²⁸ porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. (Mateus 26:28).

Comentário: Não estou aqui para negar estes versículos ou outros que apresentem, se está na Bíblia, está na Bíblia. No entanto, há considerações que faço a seguir:

1 - Eles defendem que a salvação está exclusivamente no Sangue de Jesus derramado na Cruz, isso porque são ignorantes do real motivo que levou Jesus até o rio Jordão para ser batizado por João. Inclusive, podemos dizer, conforme o texto que leremos a seguir, que praticamente Jesus obrigou a João batizá-lo:

Leitura: 

¹³ Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galileia para o Jordão, a fim de que João o batizasse.

¹⁴ Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?

¹⁵ Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu.

¹⁶ Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele.

¹⁷ E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (Mateus 3:13-17).

Comentário: O versículo 15 diz claramente que Jesus instou a João batizá-lo porque convinha aos dois cumprir toda a justiça, mas a qual justiça se referia Jesus?

Consideraremos para responder estarem os dois antes da crucificação de Jesus, portanto, na Lei. E ainda, não havia o Novo Testamento escrito. Assim, é óbvio que Jesus queria com João que os dois cumprissem a justiça de Deus para a remissão dos pecados.

2 - Não é errado dizer que somente há remissão dos pecados com o derramamento do sangue, tanto é assim, que Jesus aceitou morrer sangrando na Cruz três anos depois.

3 - Mas, como são ignorantes da justiça de Deus para a remissão dos pecados, desconhecem totalmente como as ofertas eram preparadas para somente depois derramarem o sangue para a remissão dos pecados.

4 - É preciso conhecer primeiro para depois crer, então vamos conhecer como preparavam as ofertas antes de sacrificá-las no altar, com o derramamento do seu sangue.

Inicialmente, o pecador precisa levar até o sacerdote uma oferta que atendesse alguns requisitos para ser aceita:

Primeiro: Animal macho (bode, carneiro, novilho, ovelha).

Segundo: Sem defeito (não podia mancar ou ter ossos quebrados).

Terceiro: Sem manchas (somente era aceito animais de uma única cor).

Leitura:

²¹ Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem à disposição para isso. (Levítico 16:21).

Comentário: Para a expiação dos pecados, traziam uma oferta viva para ser sacrificada vicariamente em seu lugar. Para isso, um ato de justiça, também descrito em Romanos 5:18, precisava acontecer. Neste ato de justiça, o pecador confessava os seus pecados com a imposição de mãos sobre a cabeça da oferta, a qual aceitava os seus pecados e, após ser assim preparada, morria sangrando nas 4 pontas do altar. Tudo diante do sacerdote, conforme as Escrituras determinavam.

5 - É isso que ignoram, que desconhecem por seguirem a fé em Jesus de acordo com seus próprios pensamentos ou pensamentos de outros que os antecederam e ensinaram errado.

“Portanto, se uma dessas ofertas morresse sangrando no altar, sem antes haver a confissão dos pecados com imposição de mãos sobre a cabeça da oferta, e sem que houvesse a presença de um sacerdote ritualizando o ato de justiça, todo o sangue dessa oferta teria sido derramado em vão, e o pecador continuaria com pecados em seu coração”.

6 - Se você acompanhou até aqui, penso que não precisa desenhar o porquê do Senhor Jesus Cristo, a Oferta Perfeita e Justa, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, conforme João 1:29), ter ido até o Sumo Sacerdote João Batista e o obrigar a batizá-lo. Na verdade, Jesus estava cumprindo fielmente um ato de justiça para a nossa remissão eterna de pecados. Jesus é o próprio Filho de Deus, é o Cordeiro de Deus, é a Oferta Viva, Santa, Imaculada e Perfeita, a única oferta que poderia ser aceita pelo Pai conforme a Lei, para a remissão de todos os pecados do mundo. 

7 - Nesta hora, assim como os demais, você poderá questionar se João Batista era ou não o Sumo Sacerdote, e como resposta, digo para ler em sua Bíblia o Evangelho de Lucas no Capítulo 1, onde poderá saber quem é o pai de João Batista (Zacarias), quem é sua mãe (Isabel), e onde seu pai (Zacarias) estava no momento em que lhe foi revelado por um anjo que teria um filho chamado João. Veja que Zacarias (pai de João) estava prestando serviços sacerdotais. E, como somente na linhagem dos Levitas acontecia a sucessão sacerdotal, está explicado, João é o sucessor de seu pai. Portanto, é o Sumo Sacerdote que Jesus procurou para transferir sob imposição de mãos todos os pecados do mundo para Sua cabeça, ou, em outras palavras, Jesus, como a Oferta sem defeito, foi apresentar-se para ser preparado para o sacrifício e poder morrer três anos após sangrando na Cruz do Calvário, e assim, dar cumprimento a toda a Lei da expiação dos pecados.

8 - Agora penso que você já entendeu que, se antes, Jesus não fosse preparado com Seu batismo para receber os pecados do mundo e os lavar nas águas do rio Jordão — rio da morte que deságua no Mar Morto —, o Seu precioso sangue teria sido derramado em vão e nenhum de nós poderia ser justificado com a verdadeira fé do Evangelho da Água e do Espírito, a fé dos filhos de Deus, os justos e nascidos de novo que vão entrar e viver eternamente com Jesus no Reino de Deus, conforme dito pessoalmente por Jesus para Nicodemos, um príncipe de Israel, em João 3:5.

Leitura:

⁵ Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. (João 3:5).

Comentário: Foi dito por Jesus que aquele que não nascer de novo da água e do Espírito não poderia entrar no reino de Deus. Mas a que água, neste ponto, referia-se Jesus? Alguns poderão dizer que água refere-se à Palavra, ou ao Espírito Santo, o que é também verdade. Mas neste ponto, Jesus se refere claramente às águas do Seu batismo, o momento em que todos os pecados do mundo foram passados para Ele por imposição de mãos de João Batista. E somente Ele pôde morrer sangrando na Cruz, porque antes passou nessas águas no rio Jordão.

9 - Esta é a fé dos filhos de Deus, justos e nascidos de novo, os que foram lavados e purificados dos seus pecados, que têm os seus corações limpos dos pecados, e que verão, entrarão e viverão com Jesus no Reino de Deus para todo sempre, eternamente. Você não tem a obrigação de crer, mas tenho o dever de pregar e ensinar a fé do único Evangelho que o Senhor Jesus Cristo ensinou nos tempos da Igreja primitiva aos Seus Apóstolos e aos Seus discípulos, ou seja, o Evangelho da Água e do Espírito (João 3:5), o Evangelho que cumpriu a justiça de Deus para a remissão total dos pecados, que foi revelado no batismo do Senhor Jesus Cristo por João Batista (Mateus 3:13-17) e nos faz os mais felizes deste mundo por crer com a fé perfeita e gozarmos da convicção de salvação e vida eterna.

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